Thelma é um filme que trata de conflitos indiretos, ou seja, trata dos conflitos internos que a jovem vive enquanto está tentando encontrar o equilíbrio entre sua religião, suas amizades, um amor e sua família. E quem nunca viveu um conflito interno? Principalmente com suas crenças.
Todo filme foi realizado de forma fantástica, o diretor (joachim Trier) usou uma ótica sob metáforas, tentando trazer o espectador ao pensamento mais profundo da obra, o que torna tudo mais sublime.
O filme tem sensibilidade e intensidade, quando retrata a descoberta da vida que uma jovem obtém. Após muito tempo sendo oprimida pelos pais, que possuem uma crença que os oprimiu também. Você se vê hora a favor da jovem e hora a favor dos pais. Quando percebe, você estará no meio do fogo cruzado.
A jovem é criada com base em preceitos religiosos, o pai lhe ensina o que é o inferno segurando sua mão sobre uma vela quando ainda era uma criança. Ela cresce com esses ensinamentos até o dia que vai para a faculdade. lá ela se vê sozinha, sem a família e sem amigos, mas acima de tudo, ela se vê livre.
Algumas vezes não atende os telefonemas dos pais, mas logo se sente culpada e retorna. Isso mostra o conflito que ela se encontra com a liberdade. Outras situações vão acontecendo quando ela se aproxima de uma moça na faculdade. Essa moça apresenta outros amigos e a vida social dos jovens. Ela entra em conflito com os ensinamentos religiosos que lhe foram passados toda a infância.
O estresse com todos esses conflitos acontecendo, ela começa a ter convulsões. É a partir daí que o diretor começa a retratar a história por um ângulo que nos faz questionar até onde é real.
A sessão acaba e você finalmente solta o ar dos pulmões. Esse é aquele tipo de filme que não tem apenas uma ótica, serão as suas crenças vão definir o conteúdo do filme. Mas você definitivamente vai repensar suas ações.
Texto por Mayara Scalon
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