Todo mundo gosta de um mistério. Então, por que não assistir (ou reassistir) ainda hoje um desses filmes regados com enigmas e casos misteriosos? O que mais dá sabor a um filme é, sem sombra de dúvida, o mistério que ele deixa no ar a cada cena. Nessa sessão, vários são os filmes emblemáticos, que trouxeram à telona, personagens especialistas em desvendar mistérios e em tecer raciocínios dedutivos e indutivos dos mais básicos aos mais complexos. Entre eles estão, Inspetor Bugiganga, Sherlock Holmes, Tim Tim, Lara Croft, Hercule Poirot, Scooby Doo e cia, James Bond etc.
Esses são alguns clássicos seja da literatura policial, quanto dos desenhos animados e do universo do vídeo-game. Os “detetives” são
geralmente figuras excêntricas e divertidas ao mesmo tempo em que são muito metódicas e cheias de manias e TOC (transtorno obsessivo compulsivo), como é o caso, por exemplo, de Hercule Poirot. Quem aí já assistiu ao “Assassinato no Expresso do Oriente”, filme de Kenneth Branagh, lançado no final de 2017, já pôde notar que o detetive britânico é um “pouco” peculiar e não muito
sociável (parecido com certo cavaleiro das trevas que conhecemos do universo DC).
No filme, Poirot não consegue tomar seu café da manhã simplesmente porque dois ovos cozidos não estão “perfeitamente” iguais. Um simples adereço torto na vestimenta das pessoas também o deixa extremamente incomodado. Mania todo mundo tem. Não adianta falar que não. Mas quando se trata de um transtorno, a própria pessoa já sabe que ela incomoda os outros com as suas manias. Esse tipo de transtorno foi identificado inicialmente na década de 1950, porém só foi cientificamente tratado como doença na década
de 1980. E que já rendeu vários filmes sobre o assunto, como, “Melhor é impossível” (1997), “Os vigaristas” (2003), “Amores obsessivos” (2004) e “A menina no país das maravilhas” (2009).
E quanto à história inicial sobre mistério e sobre pensamento dedutivo e indutivo? Pois bem, o detetive britânico está a bordo de um grande trem, que tem luxo de sobra, além de pessoas muito estranhas e misteriosas, quando ocorre um assassinato repentino, que ele praticamente é “obrigado” a resolver para ajudar o diretor geral do trem, que é seu amigo. Para tal tarefa, começam-se as entrevistas, observações, questionamentos e análises de perfis, fatos e provas do crime. No final, claro, a solução do crime é encontrada para a
felicidade do detetive e também de quem está assistindo (que com certeza já deve ter apontado muitos possíveis culpados, o que eu também faria).
Apesar das manias e compulsões, todo investigador, detetive ou especialista em desvendar crimes misteriosos, é um excelente professor da ciência da dedução e indução. Lembrando que ambas são duas formas de raciocínio, sendo que a indução está ligada à descoberta de algo por meio da sua descrição, de coisas específicas à generalizações, enquanto a dedução está ligada ao levantamento de hipóteses que expliquem algo, partindo do geral para o mais específico possível.
Enfim, a minha dica de hoje vai para filmes que como esses já citados, afloram o raciocínio, a lógica, o pensamento científico, a tomada de decisão, entre outros. Pois, por meio da observação de personagens tão inteligentes, perspicazes e observadores, é possível potencializar o nosso olhar sobre as coisas e desvendar novos saberes e mundos, literalmente. E aí, já escolheu o filme de hoje?
Texto por Michele Souza
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