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Emoji Nosso de Cada Dia

Colunas

”No que você está pensando?”, te pergunta o Facebook todos os dias. E se você não quer responder com frases, textos, fotos, gif’s ou vídeos, você responde com um sentimento representado por ele, claro, um emoji.

 

Os Emojis “nasceram” a pouco tempo, mas são descendentes dos famosos emoticons, criados pelo cientista de computação, Scott Fahlman, na Universidade Carnegie Mellon. E agora eles ganharam muito mais vida e já representam verbos, advérbios, adjetivos, substantivos e até emoções e sentimentos.

Claro que um icônico caracter tão interativo, sugestivo e lúdico não poderia deixar de ganhar um filme só para ele. Estou falando de “Emoji – o filme”, lançado em 2017. Dirigido pelo nova iorquino Tony Leondis, o filme mistura humanos e emojis numa aventura super, mega, ultra digital, e mostra mais a fundo como “funciona” a mente dos “nativos digitais”, da geração que já nasceu conectada, bem como da indústria 4.0.

O longa conta a história de Alex, apaixonado por uma garota da escola, mas que se sente inferior a ela, assim como Gene, um emoji que vive no celular de Alex, mais especificamente num aplicativo de texto. No app de texto está Textópolis, a cidade dos emojis, onde eles esperam pelo momento em que os donos de smartphones irão selecioná-los para uso. Neste cenário, há Gene, que se sente “o patinho feio” por ser o único emoji que nasceu sem filtro e por isso, não esboça nenhuma expressão facial, já que todos os outros possuem uma expressão facial que lhes são padrão (default)

Em determinada cena do filme, o emoji Gene sente-se pressionado e com medo quando é selecionado e dá um bug, um erro, mostrando diversas expressões, o que faz o celular também bugar, travar, forçando Alex a querer formatar o celular para corrigir os erros. Gene, é diferente sim e não há nada de mau com isso, mas nem todo mundo aceita isso, o que faz ele se sentir inferiorizado.

O bullying que ele sofre dos emojis que se consideram “perfeitinhos” faz com que ele se sinta sem utilidade. Mas mesmo se sentindo sem valor, ele vai numa aventura bem interativa, fluida e rápida para tentar ser “normal” e não deletado quando o smartphone de Alex for reiniciado. Para isso, ele conta com a ajuda de um emoji de mão, o Bate Aqui, e Rebelde, uma emoji que não é utilizada há muito. Esta parte é muito interessante, porque é possível ver como acontece quando um emoji é desenhado pelos departamentos de estratégia e inovação de grandes empresas tecnológicas, por exemplo, para ser usado, entretanto, com a rapidez e instantaneidade da informação já não serve mais para uso etc.

Como um filme com meta-linguagem, onde um emoji que deve expressar emoções, mas ao mesmo tempo também tem sentimentos e emoções, ele é um bom exemplo de como as emoções influenciam poderosamente em qualquer tipo de relacionamento, seja ele familiar ou profissional. O filme também pode ser considerado educativo, já que dá para aproveitar bastante a ludicidade para se ensinar diversos conceitos à crianças e adultos. Sendo assim, é um ótimo recurso didático-pedagógico para ser usado dentro e fora de sala de aula. “No que você está pensando” agora?

 

Por Michele Souza









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