“Eu desejo que…”. (Aladdin – Disney)

A Disney é famosa pelo seu jeito único de encantar os clientes e com Aladdin (2019), não poderia ser diferente. O novo live-action do casal mais fofo da Arábia cativa pelo enredo, músicas, figurino, cores etc. Embora alguns críticos e teóricos já tenham falado que o filme continua promovendo os estereótipos com a cultura oriental, sempre muito colorida, com vilões de pele escura, enquanto os mocinhos têm sempre pele branca, o fato é que, a Disney sabe fazer bem um espetáculo.

E o que falar da atuação de Will Smith? Ao interpretar algumas músicas no longa-metragem, o gênio da lâmpada deu uma de “um maluco no pedaço”, levando os fãs ao delírio. O ator conseguiu imprimir com maestria o tom bem-humorado e sarcástico do gênio que já conhecemos. O casal de enamorados, Jasmine e Aladdin também convencem em suas atuações.

Para os gamers de plantão, a narrativa de Aladdin, é uma releitura do jogo Disney’s Aladdin (1993), lançado para Super Nintendo, e do filme de mesmo nome lançado em 1992. É possível ver no jogo cenas de Aladdin encontrando a lâmpada mágica e o tapete voador dentro da caverna, Jasmine e Aladdin passeando pela cidade de tapete mágico, e claro, o grande desfecho, quando o vilão é aprisionado na lâmpada.

Você já foi à Disney!

Ir à Disney é o sonho de quase todo mundo. Quem não quer ir a um lugar mágico, cheio de fantasia, personagens que marcaram a nossa infância, como Mickey Mouse, e claro, muitos espetáculos musicais? Como um musical, este live-action soube equilibrar o desenrolar da narrativa e música nos seus 130 minutos de exibição na telona.

Ir à Disney pessoalmente é uma experiência incrível, mas para quem ainda não foi, o espetáculo Disney visto pela telinha, pela telona ou pelo smartphone, também possibilita a mesma experiência incrível de um espetáculo à lá O jeito Disney de encantar os clientes: do atendimento excepcional ao nunca parar de crescer e acreditar, como afirma o título do livro produzido pelo Instituto Disney, para demonstrar como a experiência dos clientes move a empresa e como o sonho cresceu e continua crescendo, de ser uma empresa que encanta os clientes.

“Se você pode sonhar, você pode fazer!”

É possível ver em Aladdin essa vontade da Disney de encantar os telespectadores com um show de produção, para deixá-los bem satisfeitos. Estereótipos e preconceitos com o orientalismo é uma discussão importante a ser feita e o cinema é um lugar para isso, já que por meio dele é possível várias vozes serem evocadas para se dialogar sobre padrões recorrentes ou não a modelos comportamentais pré-estabelecidos ou não.

Enfim, como diria Walt Disney, “se você pode sonhar, você pode fazer”. O filme é divertido, humano, trata das complexidades humanas, dores, necessidades, cobiça, desejo  de vencer na vida, de ser melhor e ainda traz uma personagem feminina cada vez mais empoderada e que sabe seu papel transformador de mulher no mundo. Jasmine brilhou no filme. O filme traz uma realidade ideal e fantasiosa, aonde tudo dá certo, parece um sonho.

Mas por que a vida não pode ser um sonho, já que “a arte imita a vida”?

Por Michele Souza

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