Uma Nação Escolhe Seu Destino
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Uma Nação Escolhe Seu Destino

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Uma Nação Escolhe Seu Destino

A Guerra Fria foi um conflito entre duas potências que ideologicamente disputavam a influência dos países subdesenvolvidos na periferia, com democracias fracas, geralmente países que implantaram ditaduras ao romper com a metrópole no colonialismo na África, América, Ásia e Oceania. Na América Latina eram admirados os países do Eixo pelo seu crescimento e expansão econômica e territorial e pelo nacionalismo antes da segunda guerra mundial. Na América do Sul, Argentina, Brasil e Chile, países que receberam a maior quantidade de imigrantes da Itália, Alemanha e Japão desde o final do século XIX, se caracterizaram por predominar governos autoritários. Podemos ver este processo no documentário do realizador brasileiro Silvio Tendler, trata-se de “Utopia e Barbárie” de 2009, que pode ser assistido no Youtube. Neste documentário o realizador retrata a história do mundo ocidental a partir da Segunda Guerra Mundial e baseia as suas justificações com os depoimentos dos atores, políticos, escritores e filósofos que vivenciaram a história. Um dos temas que Tendler conta é a sua experiência e exílio no Chile de Allende e o golpe militar de Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973.

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O Cineclube Imigração debateu o filme “Estado de Sitio” (1973) do diretor Constantin Costa-Gavras, filme realizado no Chile do Allende, narrando as histórias que estavam acontecendo no Uruguai, umas das democracias mais sólidas junto ao Chile, denominados como as suíças de América Latina, prognosticando o Golpe no Chile. Este mesmo diretor realizou o filme “O desaparecido” (1982) que recebeu diversos prêmios e entre eles o de melhor roteiro adaptado no Oscar de 1983, sobre o desaparecimento do jornalista Charles Horman, torturado e assassinado no Estádio Nacional, onde o Brasil venceu o Bicampeonato Mundial de futebol e transformado em campo de concentração. Debatemos também o filme “La Frontera” de Ricardo Larrain, sobre os anos 80, quando a ditadura sentia-se confiante da eliminação dos oposicionistas, que foram massacrados pela tortura nos campos de concentração e nas casas de extermínio das forças armadas. O início dos 80 foi marcado pelo plebiscito vencido por Pinochet e que aprovou com maioria absoluta a nova Constituição do Chile que estabelecia as disposições transitórias onde Pinochet seria o Representante do Executivo (Presidente), e comandante em chefe das forças armadas como legislativos (Os que fazem as leis e controlam os outros poderes) e uma Corte Suprema que estava submetida aos outros poderes. Após quebrar a economia chilena, o Sistema financeiro e bancário e eliminar o movimento sindical e aumentar o desemprego, chegando a números impressionantes de 30% da população produtiva e entregando a economia a jovens de direita que estudaram com o guru do Neoliberalismo da Universidade de Chicago, Milton Friedman. Porém a Constituição tinha um gatilho que ninguém acreditava que seria o fim de uma ditadura. A Constituição estabelecia que fosse realizado um plebiscito no dia 5 de outubro de 1988, onde o povo amedrontado deveria escolher “SI” para a continuidade de Pinochet por mais 8 anos ou “NO”, para a saída do poder do ditador e estabelece uma nova data para a escolha do novo Presidente.

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A historia de “NO” de Pablo Larrain é justamente este processo do plebiscito entre o SI e o NO que escolherá o futuro de um país, o descrédito no sistema eleitoral, a repressão, às dificuldades em criar uma campanha que não se transforme em um programa dos horrores do governo. Havia que implementar técnicas modernas de propaganda, mudar o foco da eleição e transmitir esperança. Fazer com que o povo fosse votar e acreditar que a alegria estava chegando e que o ditador partiria para o seu ocaso, como no Outono do patriarca de Gabriel Garcia Marques. Assista o debate e podendo assistir o filme pela Netflix ou ler o livro “O dia em que a poesia derrotou um ditador” do escritor chileno Antonio Skármeta, um discípulo de Pablo Neruda que foi uma das vítimas da ditadura militar chilena.

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O debate será transmitido pelo Cineclube Imigração no canal do Youtube da União de Cineclubes de Goiânia em espanhol com a professora de historia, a chilena Ginneta Villanueva, a Socióloga chilena Violeta Arvin e o Pesquisador de cinema mexicano Lefteri Becerra.

Acompanhe as atividades dos cineclubes goianos pelo portal do CINEGOIANIA ou pelas Redes Sociais dos Cineclubes.

 

Por Francisco Lillo

 


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