Boa sorte, Leo Grande
A comédia britânica “Boa sorte, Leo Grande” (Good Luck to you, Leo Grande, 2022), da diretora australiana Sophie Hyde, interpretada pela galardoada Emma Thompson e o ator irlandês Daryl McCormack, é uma grata surpresa na cinematografia pós-pandemia. A história é sobre uma viúva, aposentada, professora de religião para jovens do ensino médio, que decide sair da rotina e experimentar algo diferente. Contratar um garoto de programa para uma tarde de sexo. Leo Grande, um profissional do sexo, jovem, interessante, culto, com um vocabulário impecável, e mais que um sonho para aquela mulher que se questiona entre o desejo sexual e a moral familiar e social que ensinava a suas alunas.
O filme é uma comédia inteligente, cheia de questionamentos pessoais sobre a vida e as opções que fazemos e das decisões que mantemos para que nossa vida não se transforme em um caos. Um trabalho que não nos satisfaz e que suportamos pela necessidade econômica, um casamento tradicional, onde os tabus e as práticas sexuais, dependem das decisões do parceiro e por respeito ao outro causam frustrações, as relações e opções dos filhos que são uma decepção transformando a vida em uma encruzilhada de monotonia e frustrações que acabam sendo esquecidas pelo contato com Leo Grande. Mais que um aparelho sexual, ele é uma terapia de autoconhecimento e descobertas da própria personagem.
O tema sobre relacionamentos entre mulher mais velha com homem mais novo e apreciado em “O medo consome a alma” (Angst Essen Seele Auf, 1974) do diretor alemão Rainer Werner Fassbinder. Emmi, viúva alemã de uns 60 anos, se apaixona por Ali, um imigrante muçulmano, 20 anos mais jovem. O preconceito e a xenofobia fazem deste filme uma aula de sociologia e de vida que pode ser assistido pelo Youtube. Outro filme interessante sobre o tema da prostituição masculina é “Paraiso: Amor” (Paradies: Liebe, 2012), filme alemão do diretor Ulrich Seidl. Filme que narra a experiência de uma mulher branca de 50 anos que viaja ao Quênia para experimentar o turismo sexual local. Um filme impactante sobre a decadência humana e a necessidade de sentir-se desejado ainda que seja pagando.
“Boa sorte, Leo Grande” é um belo filme, com um tema interessante sobre questões importantes sobre a vida. Uma atuação impressionante da britânica Emma Thompson e de Daryl McCormack, que trabalha na série da BBC Peaky Blinders, que seduz pelo seu encanto de menino bom e compreensivo em seu papel de Leo Grande, que também será transformado pela relação com Nancy. Um filme terapêutico, porém um filme divertido, emotivo e sensível, 95 minutos de apreciação cinematográfica e para concluir, parafraseando o poeta uruguaio Mario Benedetti que resume o filme, “Nosso é aquele vínculo indefinido que agora nos une”.
Por Francisco Lillo
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