“I want to break free / I want to break free…” é só um trecho dos muitos sucessos da banda de rock britânica que quebrou os protocolos em suas criações musicais e que está ecoando nas telas de muitos cinemas espalhados pelo mundo.
Bohemian Rhapsody (2018) é um daqueles filmes que pretendem ser um retrato verossímel da realidade (e em algumas cenas consegue), reunir nuances da vida conturbada do vocalista Freddie Mercury, e do seu relacionamento com os demais integrantes do Queen, envolver os telespectadores com um compêndio dos maiores sucessos da banda, em 2 horas e 13 minutos, entre outros.
O filme que ora caminha entre o drama, ora entre o biográfico, revela alguns dos fatos mais importantes para o Queen desde o seu surgimento, em 1970, com a sua formação clássica, que inclui Freddie Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor. A banda obteve desde o início forte aceitação do público mesmo com inovações bem ousadas para uma banda de rock.
A musicalidade como metáfora do diferente
A diversidade de arranjos e notas musicais em suas composições revelam um Freddie com um gosto particular pelo diferente e exótico. Bohemian Rhapsody é exemplo dessa diversidade. A canção lançada em 1975, com pouco mais de 5 minutos é uma mistura de sons, que vão desde a a melodia romântica até a ópera, e mistura diversas histórias em sua letra, nonsense, e um eu-lírico com diversas facetas etc.
Muitos interpretam a letra da música como sendo um retrato do próprio Mercury preocupado com a sua sexualidade perante a sociedade, que mostra-se preocupado com o que a sua mãe vai pensar e sofrer, preocupado com o que a religião da família vai dizer sobre as suas escolhas sexuais, pois inclui até um tipo de demônio na letra para demonizar os seus desejos e decisões. Mas que no fim não se importa com nada e nem ninguém, apenas em viver.
Um perfil longe do politicamente correto
O vocalista do Queen ganha mais atenção no longa-metragem não só por ser o líder da banda, mas também por ele ser o grande diferencial das apresentações da banda, com roupas bem chamativas, roupas brancas, às vezes, até sem camisa ele apresentava-se ao público, sem dar muita atenção ao status quo. Ele era um líder irreverente, de excessos, mas sua principal característica era a de acreditar nos sonhos e em seu potencial mesmo que os outros não acreditassem. Nada conseguia abalá-lo ao ponto de fazê-lo pensar em parar ou desistir de alguma ideia.
Os únicos momentos em que o perfil do politicamente correto parece ocorrer são nas cenas de entrevistas com jornalistas sobre suas opções sexuais e com a família sobre o mesmo assunto. A única pessoa com quem mais ele se abriu foi com o seu grande amor, Mary Austin. Mary foi a melhor amiga do cantor e maior apoiadora mesmo sendo traída diversas vezes quando ele estava em turnês. Nem mesmo a Aids conseguiu tirar dele a vontade de viver, porque ele acreditava que
“We are the champions, my friends
And we’ll keep on fighting till the end…”.
O filme não mostra a morte de Freddie Mercury, mas termina com o sucesso da banda ao tocar no Live Aid, show beneficente realizado em 1985, para arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia. O show lotou o estádio e o publicou vibrou e cantou com a banda britânica. Mercury demonstrou força, vontade, carisma, positividade e boas energias para o público. Enfim, o filme dirigido por Bryan Singer consegue adentrar bem no universo Queen e deixar uma mensagem importante para os telespectadores, independente da situação: “sing it / we will, we will rock you”. Afinal, diz o ditado que “quem canta, seus males espanta”.
Você já cantou hoje?
Por Michele Souza
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Artigo excelente! Só informação de qualidade, meus parabéns ao autor (a), é esse tipo de informação que me leva a ler todos os dias temas como este.
Achei a análise muito superficial. Poderia ser abordado questões da sobre a criação, sobre as gravações, sobre a divergência entre a realidade e o que foi tratado no filme. Tudo que foi escrito esta praticamente na sinopse. E Marry Austin não foi só amiga, ela foi a esposa do Mercury.