Acontece em Brasília, a primeira mostra competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio – Quando as mulheres fazem cinema.
Realizado na Universidade de Brasília (UnB), a mostra acontecerá do dia 21/08 ao dia 25/08 no anfiteatro de ciências da saúde. Um evento de tamanha magnitude trará 18 filmes de diferentes regiões do País, promovendo principalmente a conexão de países africanos e da diáspora negra. O festival acontecerá também com o intuito de dar visibilidade e estimular cada vez mais a produção audiovisual de mulheres negras.
Sobre Adélia Sampaio
O nome “mostra competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio – Quando as mulheres fazem cinema”, foi escolhido para homenagear a primeira diretora negra brasileira. Adélia Sampaio foi um marco no universo de audiovisual nacional, nascida em Belo horizonte, ela veio com tudo, quebrando estereótipos, diminuindo o preconceito e aumentando cada vez mais o valor de uma mulher e principalmente o valor de uma mulher negra, abrindo horizontes para estudos e atuação de uma cultura que até então não era reconhecida pelo restante da população. Pioneira e brilhante foi a primeira mulher negra a dirigir um filme.
Iniciou sua vida profissional muito cedo, como comerciária. Em 1969, conseguiu um trabalho como telefonista na DIFILM — distribuidora criada por expoentes do Cinema Novo, como Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade e Luiz Carlos Barret —, e já em 1972, passou a frequentar um set de filmagens, exercendo várias atividades, até assinar produção, roteiro e direção de seus próprios filmes. Hoje, aos 74 anos, Adélia continua produzindo.
Sobre a mostra
I Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio – Quando as mulheres fazem cinema, é uma realização da disciplina Etnologia Visual da Imagem do Negro no Cinema realizada com apoio do EDITAL MAIS CULTURA NAS UNIVERSIDADES -MEC e MinC, por uma equipe de organizadoras/es em parceria com a Universidade de Brasília(UnB), Decanato de Extensão (DEX) e em parceria com o Fórum Itinerante de Cinema Negro (FICINE) e o Coletivo Tela Preta.
Os longas e curtas metragens poderão retratar sobre qualquer tema, desde que que valorizem a identidade, o protagonismo, a memória e a cultura negra e principalmente sejam produzidos por mulheres negras.
A reprodução dos filmes acontecerá durante o período do festival sempre às 17 horas e pela manhã (9 horas) serão ministrados cursos no Centro de Convivência Negra, com foco em fotografia e produção e, na sexta-feira, uma oficina sobre roteiro com a cineasta Érika Bauer.
Estarão na competição filmes como “Beatitude”, de Délio Freire e Edilamar Fogos e “O dia de Jerusa”, dirigido por Viviane Ferreira e estrelado por Léa Garcia.
No dia 22 de agosto competem entre si os títulos: “Hotel da loucura”, de Mariana Campos e Raquel Beatriz, longa que estuda a ação de especialistas de saúde em ação de educação popular na lida com pessoas associadas ao Instituto Municipal Nise da Silveira (RJ) e o curta “Blackout”, no qual Jocilene Valdeci apresenta como sinopse “um filme sobre o invisível”. Nas exibições de quinta-feira, há destaque para “A boneca” e o “Silêncio”, de Carol Rodrigues, que trata sobre uma gravidez indesejada.
O festival será livre para quem tiver interesse em assistir qualquer um dos curtas e longas metragens.
O que: 1ª mostra competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio – Quando as mulheres fazem cinema
Quando: 21/08 ao dia 25/08
Onde: no anfiteatro de ciências da saúde da UNB. Brasilia -DF
Quanto: gratuito
Texto por Lara Bezerra
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