Carlos Saura, Um Diretor da Saudade
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Carlos Saura, Um Diretor da Saudade

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Carlos Saura, Um Diretor da Saudade

O diretor espanhol Carlos Saura falece dias antes do reconhecimento da Academia Espanhola de Cinema com o Premio Goya pela sua contribuição a memória afetiva. Saura nasceu em 1932, na cidade de Huesca, quatro anos antes de início da Guerra Civil Espanhola, que colocou no poder total o Ditador Francisco Franco de 1936 até 1975, com uma repressão que durou mais de 30 anos, a anistia somente aconteceu 30 anos depois do final da Guerra e marcou profundamente a juventude espanhola. A cinematografia de Carlos Saura está impregnada desta repressão e da transgressão e conquistas de espaços a partir do cinema que descreve uma sociedade que se deteve no tempo.

Os primeiros filmes do realizador descrevem uma sociedade em conflito. O autoritarismo e a repressão de uma ditadura que priorizou a unidade espanhola de um país que consta de 16 nações que desejam sua autonomia e independência. Sua obra está marcada pela trilogia que descreve uma sociedade conservadora e hipócrita. “Ana e os Lobos” (1973), “Cria Cuervos” (1976) e “Mamá cumple 100 años” (1979) interpretadas por sua companheira Geraldine Chaplin, filha de Charles Chaplin, no papel da eterna imigrante na Espanha e do grande ator espanhol Fernando Fernán Goméz, o filho anarquista e intelectual que sonha com a transformação para uma Espanha solidária e que está protegido pela tutela familiar.

Carlos Saura, Um Diretor da Saudade

Nos anos 80, Saura consegue uma metamorfose de sua produção e começa a incorporar novos elementos a sua cinematografia. A inspiração a partir de clássicos como “Bodas de Sangue” (1981) e “Carmem” (1983), musicais que envolvem a ópera e a cultura hispânica que impacta a cinematografia mundial sendo premiado em Cannes, com um desempenho que em nada se assemelha aos musicais americanos e que definiu um selo pessoal do diretor.

Para finalizar, O diretor realiza diversos ensaios musicais da península ibérica e do tango argentino. Seu ensaio sobre o Flamenco teve três versões “Flamenco” (1995), “Flamenco, flamenco” (2010) e “Flamenco hoy” (2013). Sua homenagem “Tango” (1998) recebeu diversas indicações, entre elas o Oscar e recebeu o Goya para o melhor som. Finalmente “Fados” (2007), um filme sensível e nostálgico, com a presença de Chico Buarque e Caetano Veloso e recebeu o Premio Goya a melhor canção “Fado da Saudade”.

Carlos Saura, Um Diretor da Saudade

Carlos Saura é a imagem e o sentir da Espanha. Saura deixa saudades nesta partida nostálgica.

Por Francisco Lillo

 


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