Cineclube Provocação em 2024
Caldas Novas encerra a programação de Cine Debates de 2024, no dia 17 de dezembro com o filme mexicano “Como Água para chocolate” (1991) dirigido por Afonso Arau, o roteiro e livro de Laura Esquivel, que no momento do filme era a esposa do diretor.
Foram doze filmes debatidos neste ano, sendo sete americanos, um brasileiro, um chileno, um mexicano, um da Nova Zelândia e um da Coreia do Sul. Foram 36.438 visualizações nos onze filmes. Os temas debatidos estão relacionados com as diversas perspectivas sobre mulheres. Apenas três filmes foram dirigidos por mulheres, “O Piano” (1993) da diretora da Nova Zelândia Jane Campion, uma das principais diretoras feministas dos anos 90. “Longe Dela” (2006) da canadense Sarah Polley, sobre a perda da memória de uma mulher simples, porém não menos importante e o Alzheimer e por último o premiado filme da Coreia do Sul, “Vidas Passadas” (2023) de Celine Song.
O filme exibido em 16 de janeiro foi “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” (2004) do diretor Michael Gondry. Esta exibição fez parte do Projeto da Lei Paulo Gustavo (LPG) municipal que contemplou a realização de exibições presenciais e online, assim como de oficinas de “Cinema e Literatura” e de “Cinema, Cineclubismo e Educação”.
Em 2024, o Cineclube Provocação foi contemplado com o Programa Nacional Aldir Blanc (PNAB) estadual para continuar com a programação com temáticas femininas, a memória e a valorização do feminino com biografias como no filme “Violeta se fue a los cielos” (2011) do chileno Andrés Wood sobre a vida conflitiva da cantora, militante comunista, folclorista e pesquisadora Violeta Parra, que criou pérolas como “Gracias a la Vida” e “Volver a los 17”.
“Como água para chocolate” (1992), baseado no livro do mesmo nome, escrito pela esposa do diretor e responsável pelo roteiro do filme, recriando este livro premiado com uma fidelidade impressionante e um recorte da realidade de 1910, período da Revolução Mexicana. Um romance tradicional do setor rural do México e uma história inspirada no realismo mágico entre memórias afetivas e receitas familiares que apresenta cada capítulo do livro. Memória e comida são inspirações de diversos filmes como “Comer, beber e amar” (1994) do chinês Ang Lee, belíssimo filme sobre o alimento e as relações familiares. O britânico “O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante” (1989) do britânico Peter Greenaway, um filme de culto da história do cinema e por último o brasileiro “Estômago” (2007) de Marcos Jorge sobre a comida e o poder.
Não perca o debate de “Como água para chocolate” pelo canal do Youtube do Cineclube Provocação.
Acompanhe a programação dos cineclubes pelo CINEGOIANIA, a revista digital especializada em cinema goiano ou pelas redes sociais dos cineclubes goianos.
Viva o Cinema e Cineclubismo brasileiro e Goiano.
Por Francisco Lillo
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