ATENÇÃO: Essa coluna contém spoilers do filme: Homem-Aranha – Longe de Casa
Depois de tensões e altas doses de adrenalina em Vingadores Guerra Infinita e Ultimato, o UCM (Universo Cinematográfico da Marvel) encerra sua fase 3 de forma sutil e contida, com um enredo fácil, recheado de piadas e romance adolescente. Dirigido mais uma vez por Jon Watts, o novo longo do amigão da vizinhança, chega quebrando a tensão e introduzindo de forma hilária e didática os últimos meses pós Ultimato, e depois de salvar o mundo, o nosso Peter Parker só quer descansar, tirar umas férias e tentar conquistar o coração de MJ (Zendaya) e nada melhor que umas férias de verão com a turma da escola, mas ser o Homem-Aranha pode não ajudar muito na hora de relaxar e viajar com os amigos.
Homem-Aranha Longe de Casa é o típico filme que começa e se encerra sem deixar pontas soltas, o roteiro bem amarrado, com doses bem acertadas de humor, personagens secundários que sustentam a história, reviravoltas básicas, e que mostra que todo super-herói também tem seu lado humano, e em se tratando de um adolescente de 16 anos que salvou todo o universo, mas ainda não conseguiu beijar a garota que gosta, deixa tudo bem conflitante, afinal quem salva o herói de suas próprias dificuldades e dilemas emocionais?
Na nova aventura, nosso herói em um tour pela Europa, encontra Nick Fury (Samuel L. Jackson) que lhe propõe uma missão, que consiste em se aliar com o enigmático Mysterio (Jake Gyllenhaal) a fim de neutralizar a ameaça dos Elementais, seres que em tese já destruíram outros planetas em realidades alternativas. E para ajudar nessa empreitada Fury entrega a Peter um último presente deixado a ele por Tony Stark, mais um upgrade dentre as muitas parafernálias tecnológicas construídas por Stark e que agora está sob o comando do nosso herói teen.
O MULTIVERSO E AS FAKE NEWS!
O diretor soube bem como conduzir a trama, de modo que as surpresas perecessem óbvias e ao mesmo tempo esconde de forma genial detalhes que só foram revelados nas cenas pós-créditos, soube bem como tratar o tema das fake news, tão recorrente e debatido atualmente, e como a perspectiva sobre fatos e noticias podem ser facilmente (des)construídas, e pra muitos que não entenderam toda a temática debatida, foi meio frustrante descobrir que o tal do “multiverso” era de fato só um pano de fundo, uma teoria tão complexa e bem construída (nas palavras do próprio Mysterio) que era impossível não ser comprada facilmente, um belo balde de água fria na cabeça dos fãs mais empolgados.
E nunca é fácil falar de um personagem querido como o Homem-Aranha, ainda mais para um fã de longa data como eu, não é confortável buscar falhas, apontar erros, mas se fosse elencar alguns seria o excesso de referências ao Homem de Ferro, e os muitos recursos e aparatos tecnológicos empregados pelo personagem no UCM, talvez a essência do personagem inventivo, sagaz e de vida difícil tenha se perdido nessa nova fase do cinema. Contudo o filme se mantém, não se mostra pretensioso, não se propõe ou tenciona superar seus antecessores, e apesar das obviedades é sincero na proposta, e mostra o adolescente Peter Parker sendo e mostrando como todo jovem é na verdade, e encanta nos flertes e nas cenas de embaraço e timidez diante da garota dos sonhos.
Talvez para muitos fãs esse seja o filme mais cartunesco e despretensioso da Marvel, mas que tem seu lugar, e dá pistas valiosas para o que está por vir na vida do teioso, já que as cenas pós-créditos (em especial a primeira delas) deixou nosso herói em uma situação nada confortável, mas essa e outras surpresas eu deixo pra que vocês descubram na sala de cinema.
Por Ricardo França
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