Hoje mais um buraco negro nasceu na galáxia quando o físico britânico perdeu o restante de sua energia e deixou o mundo científico em luto.
Stephen Hawking foi um desses caras tão inspiradores e intrigantes, que ainda em vida ganhou um longa-metragem em sua homenagem, o The Theory of Everything (A Teoria de Tudo), lançado no início de 2015, no Brasil. O filme ainda rendeu o Oscar de melhor ator a Eddie Redmayne pela protagonização da vida do cientista britânico, que deixa um legado enorme à ciência, principalmente, no campo da física quântica e na teoria dos buracos negros.
O filme “A Teoria de Tudo” (na tradução brasileira) não foge das temáticas abordadas em alguns filmes hollywoodianos, que navegam entre o real e o mítico, entre o drama verídico e o universo ficcional. Dirigido por James Marsh, o filme também traz à telona uma doença fatal, a ELA (esclerose lateral amiotrófica), que acomete Hawking desde os 20 anos de idade até a sua morte hoje, em março de 2018.
Muitos outros filmes baseados em fatos reais também trabalharam em cima da doença de seus portadores, como é o caso de Uma Mente Brilhante, que retrata a esquizofrenia do matemático John Nash, e Para Sempre Alice, que mostra o drama da Dra. Alice Howland, lutando contra o Alzheimer.
Filmes como esses têm muito em comum. Seus personagens são pessoas que ora estão conformadas, ora inconformadas com a situação, desesperam-se, dão crises, fazem reflexões profundas, choram, sorriem em momentos de plena felicidade etc. Mas mesmo diante das situações mais difíceis da vida não perdem a esperança e querem continuar vivendo. É o caso de Com Câncer e Ainda Sexy, documentário de muito humor da atriz estadunidense Kris Carr, que com 31 anos de idade descobriu que estava com um tipo de câncer raro.
São dramas como esse que fazem o universo ficcional ser até mais real que a própria vida. Para os cinéfilos, a telona é um arsenal de emoções, histórias, sentimentos, exemplos de vida etc, que enriquece a bagagem cultural de quem a assiste. De fato, não dá para negar que o cinema desde o seu surgimento na França, em 1895, pelos irmãos Lumière, vem contribuindo para a formação social do sujeito.
E se
”a inteligência é a habilidade de adaptar-se às mudanças”,
como bem afirmou Steven Hawking, a sétima arte é poderosa para exemplificar a vida real na vida virtual, ambas no atual mundo tecnológico tão homogeneizadas. O cinema é sim um produto que tem gerado valor às pessoas e que pode ser comprovado quando alguém sai da sala de cinema ao assistir um filme como “A Teoria do Tudo” chorando ou refletindo sobre a vida de um sujeito real vista no curto espaço-tempo de uma sessão cinematográfica, onde “a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida.”
Texto por Michele Souza
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