Pegue um veterano de guerra atormentado, que vive a base de remédios, em uma vida que ele insiste em fazer dar certo, uma garota inocente e teimosa, junte a essa mistura traficantes de mulheres e chefões do cartel de drogas mexicano daqueles bem malvados e inescrupulosos, o resultado é um último fôlego de engenhosidade mortífera, e um rastro de ódio e carnificina, que tomara, seja o último da saga do ex-combatente mais famoso do cinema, John Rambo.
Não tá fácil pra ninguém, cinema virou algo diversificado, explodiu em inúmeros gêneros e subgêneros, dezenas de produções pipocam ferozmente de maneira massiva e não tanto criteriosa, e se já não é fácil emplacar uma boa história em um universo tão disputado, imagina para um ator de 73 anos em uma franquia de filmes que vem rebuscando suas referências há quase 40 anos? Mas seria injusto não fazer uma menção honrosa a uma das figuras mais cultuadas da cultura pop das últimas décadas, Rambo consagrado na pele de Sylvester Stallone chega a sua quinta edição muito ofegante, com visíveis sinais de senilidade, mas que pode ser uma boa opção de diversão, abstraindo é claro, qualquer característica artística ou cênica (embora esse nunca tenha sido o forte da franquia) a quem diga que mesmo velho, Stallone ainda consegue chutar o traseiro dos vilões como ninguém.
Pra Não Dizer Que Não Falei das Polêmicas
A crítica como sempre é implacável contra os brucutus e suas sagas de morte e destruição, não é de hoje que sair matando de maneira desenfreada no cinema, causa sempre uma reação negativa dos críticos, e com Rambo 5 não foi diferente, em especial em tempos de polarização política/ideológica, em algumas análises mais apaixonadas, muitos viram um certo apelo a xenofobia, e às duras políticas de imigração norte americana. Embora nada disso tenha sido tratado de forma objetiva, alguns detalhes na fotografia e no roteiro, entregam uma certa tendência ao banditismo pra lá da fronteira, pois sempre que a nacionalidade da locação muda, uma paleta amarelada tomava conta da cena, sujeira, arquitetura irregular, drogas e armas circulando livremente pelas ruas mexicanas, nada de novo, mas não bem recebido pelos nossos “hermanos” e críticos de plantão.
Rambo nunca foi um personagem de profundidade ou que merecesse análises mais criteriosas, desde o primeiro filme que o nosso herói já demonstrava a que veio, a problemática se deu já na primeira aparição, atormentado pelos horrores da guerra, o combatente perambulava pelo mundo em busca de um sentido na vida, até ser confrontado com uma liberdade que ele imaginava ter ajudado a conquistar, o resto vocês já sabem, os capítulos seguintes deixaram de lado os dramas psicológicos e focou mesmo na matança e nas eventuais vinganças que surgiam ao longo da trama.
Mas Afinal de Contas… Vale a pena ou não Rambo 5?
Se você gosta, é claro que sim, mas se você busca algo mais substancial e não quer sacrificar seu rico dinheirinho para ver um brutamontes trucidar seus inimigos sem nenhuma piedade (o que não é nenhuma novidade em se tratando de Rambo) aconselho a esperar que seja exibido nos milhares de canais de filmes existentes. Mas se ainda assim você decidir ver agora, mas quer ter um rápido vislumbre do que trata a história, esteja ciente que alguns spoilers serão apresentados nas próximas linhas.
No geral o filme fala sobre vingança, tem uma pequena pincelada de drama, retratado na relação pouco trabalhada entre Rambo e sua sobrinha, que apesar dos inúmeros avisos acaba atravessando a fronteira e se metendo numa enrascada sem volta, é então que nosso herói se infiltra no submundo do crime atrás da garota, e assim como a morte, o nosso brutamontes quer apenas um pretexto para aniquilar seus adversários. Com a morte da garota ele começa a perseguir os captores da moça até exterminá-los, o que é claro vai causar uma debandada em massa atrás do nosso personagem agora nas terras do tio Sam, mas nosso engenhoso soldado vai preparar o terreno para recepcionar os visitantes, uma espécie de “Esqueceram de Mim” diabólico e sem nenhum medo da morte os inimigos vão caindo como moscas nas armadilhas até que não reste mais nenhum cabrón malvado. Ou seja, rápido e preciso, sem firulas nem douração de pílula.
Rambo meu senhores, Rambo.
Por Ricardo França
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